Cada dia que passa a morte do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis (PSD), ganha uma nova versão. Após a reconstituição do crime realizada no último sábado (21), o advogado da família da vítima, Ângelo Máximo, passou a questionar a investigação. Isso porque ele foi impedido de acompanhar a simulação.
De acordo com o advogado, a titular da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo, Bárbara Lomba, alega que a investigação corre sob sigilo, mas o único impedido de assistir a reconstituição foi ele.
"A Polícia está favorecendo alguém da família da pastora, porque se a investigação corre sob sigilo porque então a delegada dá entrevistas na TV?", questiona Ângelo Máximo.
A declaração de Máximo, vem acompanhada ainda de outra recente informação divulgada pela deputada Flordelis. Segundo a assessoria da parlamentar, nos últimos dias o filho adotivo Lucas dos Santos, de 18 anos, enviou uma carta para ela admitindo ser o autor do crime, e que inclusive contou com a ajuda de outras pessoas.
Além disso, segundo Flordelis, ela recebeu uma ligação a cerca de uma semana onde um homem se passando por um policial e tentou extorqui-la dizendo que o mandato dela estava ameaçado.
"Tem uma pessoa da família da senhora, que até o momento não vou citar o nome, que garantiu ter provas de que a senhora é a mandante, que a senhora sabia de tudo. Eu tô falando com a senhora nem como policial, como uma pessoa normal", disse o suposto policial.
Tanto a carta enviada por Lucas como o áudio da conversa com o suposto policial, foram enviados para a Policia Federal. A Polícia analisa o material.
A situação da deputada não está simples, segundo a Polícia, a investigação aponta indícios de que ela pode ter participado do assassinato do marido.
O caso ainda segue sob investigação da Delegacia de Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG).
Reconstituição
Na noite de sábado (21) a Polícia Civil realizou a reconstituição do crime, na casa de Flordelis, no Badu, na Região de Pendotiba.
Ao todo 14 pessoas foram intimadas para participarem da reconstituição, mas Flávio e Lucas que já estão presos, preferiram não participar.
O resultado do laudo técnico deve ficar pronto em um prazo de cerca de 30 dias.
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